Alviobeira com uma área de 8,57 Km2 pelos censos 2011 com 623 habitantes

 

Alviobeira, é uma freguesia do concelho de Tomar e situa-se no extremo norte do concelho, faz fronteira com a freguesia de Casais, e tem uma área de cerca de 8,6 quilómetros quadrados e é composta pelos seguintes lugares, Alviobeira, Benfica, Casal Velho, Ceras, Chão das Eiras, Freixo, Manobra, Nexebra, Portela de Nexebra, Quinta do Paço, Ribeira de Ceras, Touco, Valada, Vale Carneiro, Ventoso.

A Ordem do Templo, uma das notáveis ordens de cavalaria, instalou-se em Portugal ainda antes da subida de Afonso Henriques ao trono, prestando um importante serviço na luta contra os mouros. Assim D. Afonso Henriques, apos a tomada de Santarém, como forma de agradecimento pelo auxílio dado pelos Templários, doou-lhes todo o direito eclesiástico de Santarém. No entanto, esta doação provocou uma contenda com o primeiro Bispo de Lisboa, D Gilberto, e o monarca, para pôr termo à discórdia, doou à ordem o Castelo de Ceras em vez das igrejas de Santarém que primeiro lhes tinha dado, à exceção da Igreja de S. Tiago, que continuou em poder dos Templários.

Alviobeira foi uma vigairaria da Ordem de Cristo, no termo de Tomar. Este facto é confirmado pelo escrito que deixou o Padre Cardoso em relação às rendas da paróquia “Rende esta vigairaria pelos alvarás de mantimento o seguinte pelo alvará de sua majestade, tem de renda quarenta e oito alqueres de trigo, vinte e dois e meio de segunda, seis mil reis em dinheiro, dezanove almudes e meio de vinho, um cântaro de azeite e meia arroba de cera.”

Alviobeira pertenceu ao concelho de Ferreira de Zêzere até 1855, altura em que foi desanexada e integrada no concelho de Tomar, por Decreto de 24 de outubro daquele ano.

Os monumentos assinalados como património cultural edificado que mais se destacam são: a Igreja Matriz que é um templo arquitetonicamente comum à região, possui uma só nave com teto em madeira de três planos, coro sobre as colunas e uma capela-mor coberta. Os retábulos de talha têm um valor relativo muito menor do que os azulejos azuis e amarelos (oitocentistas) tem um púlpito de cálice renascentista, com varanda de balaustres. É riquíssima em imagens sagradas: S. Brás, Santo António, Santíssima Trindade, S. Francisco, Santo Antão, S. Pedro – orago da freguesia – S. Gregório entre outros. A igreja foi alvo de profundas obras de restauro nos últimos dez anos dinamizadas pelo pároco Padre Mário Duarte, que a modernizaram e deram um ambiente mais acolhedor tanto interior como exteriormente.

A ermida da Nossa Senhora da Ajuda situa-se em Ceras, é um templo modesto com duas galilés laterais, no interior existe um altar-mor e dois laterais, e junto ao da Epistola está uma lápide que indica António Medeiros Leitão como fundador da capela em 1755. No trono do altar-mor, existe uma imagem de Nossa Senhora da Ajuda, pintada e estufada, datada do século XVII. É um templo interessante do ponto de vista arquitetónico.

A ermida de Santa Luzia, que se situa numa pequena localidade chamada Ventoso. Este templo aldeão é pequeno e é marcado pela imagem do seu orago, uma escultura de pedra do século XVII, que mede aproximadamente 75 centímetros. Foi objeto de restauro no ano de 2005.